Sereno e confiante
Desliza sobre o monte
Um olhar penetrante
Que sempre
Atinge o céu
Quando se remete
Ao silêncio
Que o conduz
Para longe
Quando o dia
Se faz breu
*José, é o nome de meu PAI
*E será eternamente
Um fio que nos liga
Ao sonho e à vida
Como um rio
Capaz de nascer
E perecer
Sem ter que passar
Pela dor re-vi-vida
Aquietando as correntes
Em pura ascensão
Que nos farão
Renascer de novo
Um fio que nos liga
Ao sonho e à vida
Como um rio
Capaz de nascer
E perecer
Sem ter que passar
Pela dor re-vi-vida
Aquietando as correntes
Em pura ascensão
Que nos farão
Renascer de novo
*
Por se comemorar o dia do Pai, lembrei dele.
José Marques,
um nome como tantos outros que nasceram
por terras Beirãs e lá se fizeram homens.
Foi criança, que brincou,
estudou e trabalhou
Foi militar, e ao mesmo tempo casou
Foi migrante e em Lisboa se instalou
Mas é lá,
entre a Serra do Montemuro e o Rio Paiva que o vejo, até hoje,
onde vive ainda com 78 anos