terça-feira, 24 de agosto de 2010

Para o Senhor José Marques

Com um abraço
Para o senhor José Marques
(É claro e sua respectiva família da Aldeia de Moção)


Bom Dia
Boa tarde
Boa Noite
Em qualquer altura
O homem seu AMIGO
Natural da Aldeia da Relva
Quer
Em Poesia pobre
Falar consigo

Agradecer o ter acompanhado
A “Imperatriz “
Poetiza de Moção
Sua filha
Dolores
Ao lugar da Relva
Por mim igualada de aldeia
Gémea
E não me enganei não

Nunca poderei esquecer
A sua visita
E da família que o
Acompanhou
E por isso e por tudo de bom
A agradecer.. aqui estou

Mas o prometido é
Para se cumprir
E qualquer dia aí me tem
Num dia que há-de vir
É só ter em atenção
Que o Aldeão da Relva
Vai ter consigo a
Moção

O almoço pode ser
Simples...
Uma sardinhada
Já que eu na Relva lhes não dei nada
Mas ficará
O verdadeiro maná
Que o Relvense gosta
E em Moção
Eu a ajudar a assar
Ah! “Tio Zé”
Um dia
Em boa companhia
Se passará
(de Adelino Pereira, ao qual eu agradeço)

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Uma visita à aldeia vizinha - Desfeita

Uma visita guiada pela minha sombra neste mês de Agosto. O sol não dava tréguas e os meus passos guiavam-me em busca de algo que me fizesse recordar os meus tempos de criança.

Esta é uma aldeia vizinha de Moção, terra onde nasceu meu pai José Marques.
Uma visita a um homem, José Maria com 87 anos que se encontra com bastante lucidez para me falar de outras gentes, outros tempos da sua mocidade



















O Mês de Agosto



O mês de Agosto é um mês quente por natureza. A natureza, é também uma forte presença nas aldeias da Beira Alta, Em Castro Daire, quer pelo amanho, das terras, quer pela azáfama que se sente na conservação a manutenção das mesmas, sempre que por aqui venho passar algum tempo das minhas férias.

É a rega dos campos de milho, das hortas, das árvores que entretanto se plantaram, enfim de tudo o que precisam para sobreviver. A água é um bem precioso que abunda cada vez em menos quantidade e que leva a que muitas destas pessoas, não descansem para as ir buscar e encaminhar para reservatórios. Há os sinais para seguir; as horas que têm direito a ela, o nascer da estrela, o por da estrela e assim vão andando e por vezes desandando, porque os antigos foram-se e os resistentes, nem sempre estão atentos ao passado que foi um registo das várias águas das nascentes.

Ao fim do dia em conversa, o assunto “água” vem sempre à baila. Ou porque alguém a virou antes da hora prevista, ou porque os reservatórios já não são suficientes para a guardar. A realidade destas gentes , é agora cada vez mais escassa, quanto os anos que vão passando, e a força já não é o que era.

O vento neste mês de Agosto é outro assunto do dia. De noite ele sopra forte, tão forte que deixa todos em sobressalto, quando chegam às terras e se deparam com as culturas destruídas.
- O vento soprou forte esta noite, tão forte que nem me deixou dormir.
disse eu no dia seguinte.
Resposta da minha mãe muito certa do que estava a dizer.
- Já dizia a tua avó Livia, que o vento só se poderia considerar-se forte quando desse três estoiros. E esta noite foi só uma amostra.
Resposta do Domingos
- Pois, pois. Mas quando ele vem forte faz estragos nas terras e muitos. Um ano quando cheguei ao Campo Longo, não havia nada a colher do milho. Todo estendido no chão.
Mas agora com a decisão de povoarem o monte com os javalis, é outra praga que temos por aqui. E pior não se podem matar. Entram e é um ver se te avias. São uma praga pior do que o vento.

Aldeia da Relva

Uma poetiza
Visitou a Aldeia da relva
Em 3 de Agosto de 2010

A aldeia da Relva
Está de parabéns
Pela primeira vez
Uma poetiza
E prosadora
Sem, pompas
Nem circunstâncias
Visitou
A Aldeia da Relva

Não se admirem
com a minha rima
Porque eu quero deixar
Muito ao de cima
O visitar duma poetiza
Sem comentários
E sem vaidades

Indo à Aldeia da relva,
Depois dum breve conhecimento
Visita muito sentida
Na Festa/Feira
De N:S. da Ouvida
Com um ZERO
Que ao vê-la
Essa palavra pronunciou
Por ficar tão agradecido
A dizer a verdade
Aqui estou
Importa o seu nome
Porque se trata duma poetiza
Daqui da região
E muito tem feito
Ao seu jeito
É duma aldeia de nome Moção

Mas de tudo sabe um pouco
E esse pouco ( que é muito)
Sempre quis e quer repartir
Com as pessoas da sua terra
E com as aldeias vizinhas
Parte da sua poesia
Sempre a sorrir

E assim..
Depois dum encontro
Já descriminado
Uma poetiza foi à Relva
Viu, fotografou
Com muita gente falou
E a essa gente
Beleza poética deixou
Sem nunca dizer: eu sou..
Como se estivesse na sua terra
Com o seus entes queridos e família
Que a acompanhou,
Da Relva , Rua central
Bebeu água fria

Apenas eu e família
A poetiza e sua família também
Vivemos o momento
Rico e que ficará na história
Apagada
Porque ninguém
A quem eu disse
Se importou de nada

Mas o que interessa
É manter a promessa
De outras oportunidades
Poderem acontecer
E então depois desta conversa
Os “surdos “ da região
Mesmo com festa
Possam dar mais atenção
À poetiza de Moção

Pela parte do ser ZERO
Que de Onileda se identificou
Ficarão as fotos
Na história
Nas Famílias a memória
Que com bom sentido
Tudo viu
E os acompanhou

Em nome duma resposta apagada
Da idealidade local
Responderei só por mim
Porque foi de facto assim
Entre só nós dois
A “FESTA” planeada
Rimando digo
OBRIGADA

Onileda/3/8/2010
*
Obrigada Adelino pela companhia e por me ter dado a conhecer melhor as gentes da Relva. Parabéns ao Sr. David Ferreira, pelo belo trabalho de escultura em pedra