terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Caos nos caminhos das águas


 

Usos e costumes, por água abaixo


 Águas das nascentes, de partilhas centenárias, agora por canos de plástico. Tudo cai por terra, nesta Terra

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

domingo, 26 de dezembro de 2021

Imagino um cenário

 Imagino um cenário contrário à corrente

moribunda na outra margem,

do outro lado do rio, do outro lado 

do seu próprio enredo imaginado

 

Como estará a minha linda Serra 

dantes revestida de prosas virtuosas

emolduradas pela poesia 

de vozes antigas ?


Que é das paisagens graníticas 

e do  rio 

e das fontes

e dos penedos

e das águas pelos campos

a jorrarem a  verdade das nascentes?


Que é do sermão por quanta desgraça colada nas paredes de xisto

a escorrer-se em lamentos

pelos males de outrora ?


Sofrem castigados pelos ventos, 

os pés, 

pegadas no ventre do monte indigente  


Descalços, vão...

e as vozes altas também são 

crentes no voo dos falcões 

com novos versos arremessados de além mar

por não saberem navegar em rios calmos e transparentes


A poesia derrama-se em silêncios escusos

por monte e vales 

por inconsequentes gestos defraudados 

nos dedos incertos trancados nas mãos


Abrem a boca à hóstia sagrada

esborrachada no céu da boca

como quem come feijões com couves tronchas

e morde ao de leve a pele do salpicão da língua


Respiram odores bravios, as pedras das Igrejas

rabiscadas com boas novas dos tempos antigos

e em água benta se baptizam todos os crentes

e os não crentes no Verbo

que dá voz à poesia de um tempo passado

que já não é tempo para ninguém


Dolores Marques

(A minha aldeia é Moção mas vejo todas elas com um os mesmos olhos)



A minha aldeia

 A minha aldeia é Moção, mas vejo todas elas com os mesmos olhos







Árvores protegidas em risco


 Árvores protegidas colocadas em risco por máquinas enviadas pela junta de freguesia, a pedido, obviamente, de alguém....talvez comissão de compartes.....

O objectivo seria o caminho, ou o caminho serviu de mote para outro objectivo?

Os muros de pedras de xisto, que separam as propriedades de particulares, derrubados.

Um caminho público que sempre nos levou à estrada para apanharmos transporte para Castro Daire, agora desprezado por todos.

Aqui tudo é esquecido , os usos e costumes, o trabalho dos nossos antepassados ultrajado com os caminhos das águas agora usados indevidamente, desviando-as das nascentes que devem encher as levadas.


Tudo é possível neste mundo .... esquecido por muitos.





Poesia


 

Sabias as palavras naturais, nascidas de um fundo de terra

 Até à meia noite, ainda é um dia de Inverno..." Frase de, Deolinda Paiva, uma das grandes mulheres da minha família, nascida na Serra do Montemuro, e que eu escolhi para ser minha Mãe. Sábias as palavras naturais, nadvudas no ventre da Terra


Feliz Natal a todos os amigos, e a Moção, aldeia que me recebeu há muitos anos,  assim como ao "Pai Natal do Mundo" pseudônimo, anónimo,  que percorre agora com o seu trenó as montanhas agrestes do pensamento torpe dos elementos,  castigados pelos braços dos homens. 

Vergonhoso esta seita a dirigir ofensas pessoais a quem só pretende repor as coisas, partilhas centenárias, usos e costumes.

Sabia que incomodava algumas pessoas em Castro Daire, e até na minha aldeia, só não sabia o quanto os meus livros, e a minha escrita publicada na NET, era tão intensa, para provocar tantos sentimentos, de inveja e revolta.

Não me sinto alta em centímetros. Tenho só 1,57 de altura. Ainda subo a uma cadeira, para chegar à prateleira mais alta da estante, onde estão os livros dos grandes poetas. 

E alguns deles são uma fonte de energia a chegar das alturas.

Viva o grande Poeta Fernando Pessoa e os seus heterónimos.


DM. Onix

sábado, 25 de dezembro de 2021

Poder decadente a renascer nas ruínas de um tribunal

 Não é a primeira, nem a segunda, nem a terceira vez, porque já perdi a conta às vezes que tive que enfrentar o poder patriarcal, que, infelizmente ainda existe, a vociferar preconceitos machistas e de outras naturezas  diversas, anti-tudo o que possam imaginar. 

Até os novos ventos por Lisboa,  não sabem aínda onde é o seu lugar, não fossem algumas missas na nova arquitetura do templo de Deus, onde escritas, estão as novas Eras.

Não é novidade para mim, esta triste realidade, das  mulheres se amantizarem a este (pre)conceito, limitando o seu mandato a um gesto pouco altruísta, no que concerne aos seus corpos abertos a esta degradante figura  desumana, porque  pouco credíveis são os espermatozóides sem eira nem beira, jogados fora do seu ambiente natural.

Não é a primeira, nem a segunda, nem a terceira vez, porque já perdi a conta às vezes, que me assumi mulher livre na terra de ninguém, usando e abusando de todos os conceitos expressos através da palavra liberdade, assim como, (e porque escrevo), uso e abuso da liberdade de expressão que me é devida, segundo direitos autorais do grande evento, "Liberdade" que aconteceu  a 25 de abril de 1974. Este evento, para o qual  foram todos convidados,  a grande maioria, apesar de ter saído das estatísticas do analfabetismo, não consegue ter a percepção da verdadeira leitura, e, por isso, manipulam, e simultaneamente deixam que os manipulem em prol de uns parcos versos, rimados ao longo do corpo.  A troca de galhardetes, para o maior evento entre mundos paralelos na arca dos desafetos. 

Além da expressividade expressa nos livros que escrevo, e outros poemas e textos de opinião, publicados na internet, faz muito tempo, são alguns os leitores que me leem através desta via, e, por isso a minha gratidão vai para eles, porque foram estes que me fizeram não desistir muitas vezes, deste caminho feito de poesia.

É mais que sabido, Moção não ser um Lugar que eu pudesse pensar, adepto do meu altruísmo poético, histórico, genuinamente revelando as minhas origens, sempre, através dos meus livros. Este tipo de preconceito, é do mais aberrante que existe, quando por se nascer nu, nos impedem de vestir os trajes da vida e de seguir caminhos feitos de liberdade.

 Este tipo de preconceito não permite que se voe, muito menos sonhe,  quando se nasce numa família humilde ligada à terra, podendo só escrever alguns versos com a enxada, porque  ser mais do que Isto, só se nascesse no seio de alguma família que tivesse ainda guardados  os conceitos do estado novo no baú de um sótão empoeirado.

Teremos que atender à velha máxima, que diz que "santos ao pé de casa não fazem milagres". 

Muitos sabem desta minha vertente ser uma forma de engrandecer a serra do Montemuro,  por consequência, Moção, através de um evento no dia 27 de Dezembro, data do meu nascimento à lareira, cujo fogo chegava da casa de cima. Muitos conterrâneos têm-me  apoiado com um carinho especial, que sinto em cada chaminé fumegante de outras aldeias, sendo por isso, que, "a minha aldeia  é Moção, mas vejo todas elas, com os mesmos olhos".

Há muita miséria escondida nos bolsos, cujas mãos ali enfiadas, não reconhecem a minha capacidade na percepção de muitas coisas, quer pelas diversas manifestações em prol da liberdade em todas as dimensões, quer pelas mensagens escritas nos sonhos. Porque dos meus sonhos sei eu, e neles ninguém dita leis.

Aprendi com a noite, que as estrelas, sendo livres, morrem felizes. 

 Disseram-me, infelizmente,  que não é ainda um marco junto dos marcos que separam as sílabas tônicas, segundo as quais me é possível realçar a  acentuação das palavras com as quais escrevo. No entanto, continuarei a escrever, usando e abusando da liberdade de expressão, assim com da educação que recebi da minha familia, formada maioritariamente por mulheres, que me foram exemplo, dotadas de valores morais e éticos, verdade, honestidade, e sobretudo vestidas com um manto de humildade, seguindo sempre a sua crença em Deus, sendo este o Deus da terra e da humanidade que dele se alimenta.

A minha família, família de grandes mulheres, de luta e trabalho árduo, pela Serra, lutando para que já nesse tempo não ficassem sem terras, águas, e também o seu ser racional, emocional e intelectual, porque apesar do seu analfabetismo, tinham sabedoria inata, que tomara muitos de nós. Que algum líder de rosto escondido por detrás de um monitor, seja homem ou mulher, se atreva a tocar, ou desmoralizar as Mulheres que me educaram, muito menos algumas, imorais, que terão um dia que cuidar dos seus telhados de vidro, que quando tombarem, os jardins de pedra serão o seu tecto ornamentado de urtigas. E como estão muito mais perto do púlpito da falsidade escrita mas paredes da Igreja, que seja leve a sua queda e breve a viagem derradeira.

Aprendi com Lívia Ferreira, e Maria do Carmo, Mulheres que nunca baixaram os braços, e nem se curvaram ao já preconceito contra uma mulher só, como é o caso de Lívia Ferreira. Mulher de garra, vendo o meu avô partir para o Brasil, para nunca mais voltar. Mas esta mulher não deixou terras de velho, lutou para não ficar sem a posse de águas de regadio, esperou ainda a vida inteira pelo regresso de Herculano Paiva, meu avô. Partiu com a satisfação plena do dever cumprido, porém no final da vida, sem poder mais, lá lhe desviarem águas de algumas terras, o então poder autoritário da enxada, em Moção. 

Ao que parece, esse poder, está a renascer para deitar por terra tudo o que serviu de base à sobrevivência de Moção. Têm água desviada das nascentes que alimentavam o rego das levadas. Querem acabar com partilhas centenárias e usos e costumes de um povo. Este poder com adeptos fora da aldeia, através de casamento, que nunca viraram águas nem regaram em Moção, além de uns quantos litros de água benta, também ela tendênciosa, porque até o céu renegam este grupo "amantizado" com um tanque de água, cheio lá da origem das nascentes, sempre a correr até ao rio.


O primeiro livro que li, um romance quando tinha  8 anos, foi-me colocado nas mãos por uma dessas grandes mulheres. Minha tia avó, Maria do Carmo. Esta mulher sem nunca ter frequentado a escola, tinha, no entanto, a sabedoria de uma alma plena de abundância de saberes.


Nao é para mim, surpresa alguma, que Moção queira ressuscitar o estado novo, sob um perfil anónimo manipulando a água e outros elementos que compõem um cenário onde reina a ignorância, e que por isso, insisto em repetir, que a ignorância é o pior de todos os males.

Nao é para mim, surpresa, todo este amontoado de ruínas, por entre os escombros do tribunal de Moção, local propício a heras que se alimentam de um tempo de reclusão, nomeados por um poderio fascista a querer renascer das cinzas.

Não me é nada estranho que este véu enganador os perturbe no seu intelecto, que Deus nem sempre pode mudar o curso dos anonimatos até que sucumbam de vez, e na última pedra do tribunal escrevam os últimos capítulos da santa inquisição, à qual pertencem os dogmas da Santa Madre Igreja, que de feminino, tem pouco, enquanto não cair este patriarcado a vestir os trajes do pecado em cada oração na capela. 

Capela que me é grata pelas novenas à volta dela, e pelo acordar do sono dos Santos quando tocava o sino.

Os homens do mundo pensam ser poderosos, junto com este poder,  e as mulheres à sua sombra repetem os gestos deles num grotesco sonambulismo, que nem dão conta de quando eles entram por elas adentro, e largam ali o último dos pecados. O mundo está tomado por um vírus amaldiçoado. Moção um grão de areia no meio do deserto, seco de miragens e folhagens, já nada é. Nem o foral é marco definindo a sua posição no concelho, agora em alta.

Sossega agora junto à fossa dos dejectos deteriorados, cuja fonte que julga possuir nem sabe bem porque ali foi parar.

Não me é nada difícil entender grupos em matilha, que giram em volta do mesmo conceito da santa madre que os pariu, e que não sendo ateus, entregam tudo ao mesmo Deus do tempo das sementes. Depois, esperando por uma voz do além, que os livre de serem pecadores, escrevem então os mesmos sermões, e oram bem alto lá do púlpito, de modo a ouvir-se bem longe os ecos da sua abundância cristica. Aqui por Lisboa, os ecos já não se parecem com os dos lobos. O seu feminino ganha agora um lugar na cadeira mais perto do altar, da nova inquisição formada na igreja devota deste novo conceito.

 Todos juntos, julgam repetir o milagre das águas. Quão tristes são, que nem o livro das sagradas escrituras se abre a tal engano, na leitura da vida, cuja natureza lhes será madrasta.

Estes falsos apóstolos, não abrem mão, nem do pecado. Tudo lhes é fidedigno nos caminhos das águas, que julgam possuir, e não sabem o legado que estão a deixar às novas gerações, lá longe onde nem se ouve o canto do cuco.



Estão a tentar descobrir a origem da luz nos caminhos do Universo, e nós, ainda a querermos ser donos de um bem essencial que é de todos. Água.


Dolores Marques, natural de Moção

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Simbioses Montemuranas

 ...a aldeia enchia-se de vida. Tenho lembranças de um tempo, sobretudo de um tempo morno feito de primaveras, mas que ao inverno causavam estranhezas...              


“Simbioses Montemuranas” um livro de Dolores Marques


Fome


 Os gatos miavam

todos juntos

enroscados às sombras 

os tons mesclados

pintavam as ruas


Ele cantava lá fora 

em manifesto

o seu corpo seminu

a balançar-se contra

o muro dos mendigos 

e gritava como quem 

arrasta atrás de si 

ventos usurpadores 

dos sentimentos

mais profundos


Eram os olhos fundos

e os mundos todos

dentro deles

e a fome a roer-lhe

os ossos

e os ossos estalados 

a mordiscarem-lhe 

as carnes todas


 As carnes a sacudirem-se

num corpo inerte

comido pela fome negra

e por todos os andrajos

que a vestiam

na noite onde o Natal

se fazia tarde

no frio cortante

de Dezembro

que o levou


Dakini, Dez/2014

Quando na casa de Deus

 Quando na  casa de Deus se ajuntam  homens, pensamentos e a água benta dos nossos dias, e tudo seca nas mãos dos oradores, cuja Fonte também já matou sedes  incontroláveis dos sermões, que nunca o chegaram a ser no púlpito das elites políticas, onde marcados com ferros ardentes, estão  os seus melhores momentos dominicais.

Quando se arrastam argumentos, segundo os quais, o armamento que os reveste, só serviu  a guerra de trovões, que nem os santos absolvem tais atrocidades, varridas para debaixo de um tapete, escondendo os lamentáveis passos que se dão no íntimo dos seus lamentos em dormitórios vazios de sentimentos.

Tudo se ajunta no templo erguido, como se Deus fosse único e omnipresente nas suas ondas invariáveis de leitos coloridos de orgias intelectuais.


DM.onix


quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Tempo das Heras


 Nada como o Ser natural, para um crescimento e desenvolvimento pessoal saudáveis, tal com a liberdade das heras. 

Nada como nos responsabilizarmos pelos nossos actos, pois sobre eles responderemos, seja cedo ou tarde.

Nada ficará perdido no tempo das Eras


Onix

Bebedeira de um Sonho

Dizem,
que nascemos todos da mesma semente
que tudo cresce no mesmo sentido
enquanto a água expressa as correntes 
provenientes da fonte

Dizem também,
que o tempo se move em direção à terra
em orvalhos matinais, suavizados pelo Outono 

Ouve-se ainda por todos os cantos, 
por ora incertos
o canto dos pássaros

Cresce no ventre, 
louco e desenfreado prenúncio

Anunciada pela Luz - a Morte
sob o princípio que nunca vem só…

Nas entranhas, a bebedeira de um sonho

Onix



 

Na casa de cima, um livro de Dakini, pseudônimo

 Este livro segue  na mesma linha, dando ênfase à Simbiose impressa e já editada no "Simbioses Montemuranas", assinado por Dolores Marques, e no "Uivam os Lobos"  por Dakini, seu pseudónimo. 

"Na Casa De Cima" revela a autora, e a inspiração poética, fiel ao seu lugar de nascimento.  

Teremos mais Montemuro, mais Serra, mais Terra, mais Pessoas, mais vincado o Feminino Montemurano, mais Moção, uma aldeia esquecida, mas renascida em cada página de cada livro que escrevo.


"A minha aldeia é Moção, mas vejo todas elas com os mesmos olhos" (DM)


Vivo

Vivo


Vivo e vou decorando as pedras e os gritos dos artificies 

esculpidos os montes, as serras, as planícies e o céu 


Vivo aliviando as raízes

lançando um punhado de sementes à terra  

grito por chuva  e arredo um castigo chamado vento 


Vivo e vou gritando à noite por mais céu, 

que preciso acender a noite, e encher de luz  

todo o ar que respiro ainda, 

enquanto vivo


Dakini, pseudônimo de Dolores Marques


 

E perto, os caminhos das águas

 Por entre escombros e ruínas, sucumbe o tempo do grafitti...daqui de Lisboa um grito de revolta, porque perto, os caminhos dos lobos....

E perto, os caminhos das águas

E perto, as lembranças minhas, de uma serra a gritar, "SOCORRO, salvem-me das mãos criminosas do elemento humano, que insiste em secar as nascentes de água".

À natureza, o que é da natureza.

À montanha, o que é da montanha.

Aos lobos, o direito de matarem a sede.

Às pessoas o direito a terem água para regarem as TERRAS.

À aldeia, Moção, em Castro Daire, o direito de poder sobreviver, ainda que esquecida por quase todos.


A liberdade ainda não passou por aqui

 "A liberdade não passou por aqui"

O direito a matar a sede está a ser vedado aos animais, aos terrenos, bem como às pessoas, pois nascentes de água sufocadas irão impossibilitar outras de continuar, e, o ciclo da água interrompido será o mesmo que nos taparem a boca, impedindo-nos de respirar. Sucumbiriamos, portanto.

Na Serra do Montemuro, mais precisamente em Moção, aldeia onde nasci e cresci, livre pelos campos, tal como o elemento água que reclama agora pelo direito de o voltar a ser. A liberdade ainda não passou por aqui.

Este resto de água, ainda corre pelos regos antigos por onde se encaminha para regar os terrenos. Porém, pela serra acima, as nascentes de água sobrevivem sufocadas em tubos de plástico, cuja boca da fonte, tapada,  impede as suas correntes da



sua abundância até ao rego das levadas. 

Daí que nada poderá sobreviver no futuro próximo, nem nascentes de água, nem fontes, nem os animais, bem como os terrenos, as pessoas, até aquelas  que se apoderaram de água do regadio que deve ser de todos, durante o verão. Os regos deixarão de receber este bem precioso e essencial para todos.

Livros de Dolores Marques, cujo cenário foi a Serra do Montemuro

Quando caírem os usos e costumes, em Moção, aldeia situada nas encostas da serra do Montemuro, as palavras serão à moda antiga, o berço das orações, as águas na pia de água Benta, correntes livres nos olhos dos pecadores.

Dolores Marques





 

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Ecos


 Calar ecos?

Nunca, na vida de um poema

Jamais esquecerei o verso ao canto da boca

Rezar o terço dos homens?

Não me iludem as voltas de um rosário, cujas contas ainda são rezas presas nas mãos sujas de pecado.

Não me cegam com vendas de um tempo morto. São cada vez mais, os homens sem tempo para descansar as vestes negras da vergonha.

Não me iludem os tristes gritos à varanda, os sermões, os cânticos noturnos das aves de rapina

O sol, pondo-se para lá do monte, dá lugar ao nascer da Estrela, e sendo ela um guia, a Fonte será um destino, o céu cairá sobre os telhados.

A origem continua sendo livre no ventre da noite, e o sonho cada vez mais alto...lá no alto 

E não esqueças!

Somos mais e maiores quando sonhamos juntos.

Somos uma réstia de tempo, a única de que temos memória.

Chegamos nus

Nus são todos os Baptismos


Ónix.dm

Como semear versos


 Como semear versos num corpo, com fome de terra e sede de água?  

Escreveram os lobos em  solo seco e pobre da Serra do Montemuro, sem direito a matar a SEDE.

Os tubos espalhados pelo Monte da minha aldeia que trazem água das nascentes, além de privarem o rego das levadas do seu caudal normal para regadio, são também um insulto ao próprio ambiente natural e de montanha. Um atentado contra tudo e todos:

À natureza

Ao ambiente

À montanha

Aos lobos

Às terras 

À aldeia 

Às pessoas, que já não têm água suficiente no rego das levadas, para regarem as terras.


Qual será a parte que não entendem, os que me têm vindo incomodar nas minhas publicações, quando isto é tão óbvio, como por exemplo, irem beber água à Fonte, e esta se encontrar entubada, só para matar a sede de alguns.

 Num futuro próximo, à conta de água  enclausurada no tempo, ficarão também as pessoas que cometem tais atrocidades, contra tudo, todos e a própria natureza.

O medo em acção, nas ruínas de um tribunal de Moção



 Nota-se total alheamento do processo em causa, com resquícios de malvadez, resultado de um desconhecimento da referida  causa, o deste senhor ou senhora, que sem pingo de  decência e educação, se presta a este papel, com absoluta falta de noção, apesar do anonimato, segundo o qual, vomita histórias e estórias a realçar um tribunal decadente e sujo.

A verdade acima de tudo. 
O que acontece aqui, é que os encanamentos das águas das nascentes, sendo quase todas nascentes em terrenos particulares, algumas há, que não entraram no sistema de partilhas. Por conseguinte, foi uma pequena nascente encanada pelos  meus pais, após vários anos de espera pela água das levadas. Então esta família, que se incomoda tanto com uma pequena nascente, que nunca foi do povo, e que só regava a nossa propriedade, lá no local, devia então colocar os olhos nas terras, que na aldeia estão sem água, enquanto os tanques deles,  colocados em espaços públicos, os quais usam e abusam dos mesmos, sem dar contas disso a ninguém.

O medo é gigantesco. Nota-se em  cada espaço em branco das palavras que refletem um anonimato, revestido de covardia, que prevêem um desfecho não muito interessante, até porque pecam pela falta de inteligência, quando vão buscar argumentos encanados na garganta de alguém, que não o próprio representante do novo tribunal.

Ora vejamos se refresco a memória aos ainda vivos, que subiam a serra a 24 de Junho para encaminharem as águas das nascentes, até às levadas, e que até 29 de Setembro ninguém lhe podia mexer. Às novas gerações, sugiro que se abstenham, pois nunca viraram águas, nunca taparam nem abriram boeiros de poças, ou então, tentem conhecer a verdadeira realidade, para poderem chegar ao topo da montanha. E, sobretudo, não esqueçam que existem mais pessoas que não eles e a sua família. Há mais para lá do seu ângulo de visão.
- Aqui deste lado, sou alguém com direito a saber porque se está a alterar o curso normal das águas, e porque se está a anular partilhas centenárias, assim como usos e costumes.
- Aqui deste lado, sou eu, e mais um grupo de pessoas interessadas em repor a situação. Embora em Lisboa há muitos anos, não esquecem os passos que deram, serra acima.
- Aqui deste lado, estão pessoas, que irão fazer tremer esse tribunal, a renascer por entre ruínas onde os novos pseudo-poderosos, irão assistir à queda dos muros. Cuidado, esse tribunal já não tem tinta para imprimir novas leis, porque de novas têm pouco.....estão sim, obsoletas.

Mas, regressando à sobrevivência das ideias regadas com verdade, vos digo e repito o que já disse, mais do que uma vez. 

1. Eu serei a primeira a retirar o cano colocado numa nascente, essa sim nossa, quando essa família com o poder acima dos olhos, tirar os deles. Até porque não fui que no tomei esta decisão, mas reconheço, que é triste a longa espera por água das levadas, agora com novos rumos. Ou eles podem ter água para dar e vender, e nós não temos direito a regar as nossas Terras, ainda por cima com água nossa, vendo-nos obrigados a uma despesa elevada para o efeito?

2. Esqueceu-se esta ave de rapina, que a honestidade é algo que vem de berço, e de honesto este preconceituoso, tem pouco, que não aceita quem decide usar da liberdade de expressão, para escrever e dizer sobre esta anarquia, ser a lei da selva . Dizer a este tribunal, que se esquecem de uma nascente, designada de "fonte fria", que nasce numa nossa propriedade, e que segundo partilhas antigas, está a ir pelo percurso normal, até às levadas.
Eles deviam fazer o mesmo, que isto não é o quero, posso e mando, com a nascente deles.

3.  A água do furo no meu quintal, também feito pelos meus pais, deveu-se a não haver água suficiente canalizada para todos, principalmente no verão. Ao que parece a saga continua, porque a falta da água das levadas, leva as pessoas a usarem a água de consumo doméstico para rega dos quintais.

4. Ridículo este poderio a nascer de novo, porque se limitam a apagar o passado, quando para fornecimento de água à escola, foi a minha família uma das que abdicou de água que servia para regar terras,  na época, suas. Decidiram depois canalizar a mesma água para as casas, água essa que nós não consumimos, por termos o dito furo no quintal. Mas, quem sabe, regressarei ao passado, e irei então, também eu, consumir essa água que a ver pelo sentido de justiça  desta gente, me é também devida. Ou também não?
Depois, faltará a alguém para regar videiras, e as laranjeiras dos quintais.

Este pseudo ascendente a poeta, escritor, advogado de causas de outrém, mal estudadas, e quiçá mal pagas, a ver pela falta de elementos válidos para um bom argumento, que veste a capa da covardia, pouco credível.

O medo em acção.

Eu sou Dolores Marques, natural de Moção, 
e tu quem és?

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Isto é assim desde que o mundo é mundo"

 "Isto é assim desde que o mundo é mundo"

Fui contando os miseráveis passos que alguém deu, atentando contra a natureza, molestando o ambiente de Montanha, desde Moção, aldeia onde nasci e cresci, passando por perto das levadas, subindo até às nascentes de água baldias e particulares em Cal de Espinho, Ribeirada, Lamas e Fonte da Poupa  e que por partilhas antigas, usos e costumes, enchiam as levadas no período de 24 de junho a 29 de Setembro.

Agora tudo é anarquia, nada se respeita e os tubos de água serra acima, convidam a uma refrescante perda de memória dos tempos, (em alguns casos) onde a água corria livremente por aquele longo percurso, quase até à Póvoa.

Agora as nascentes sufocadas, gritam quando borbulham, num choro ardente dentro dos tubos. 



Enquanto isso, pessoas há, que esperam e desesperam, mas vêem água em abundância levada por fora do rego mestre das levadas.

Isto é prova cabal de um procedimento cirúrgico nas contas da água, que por fora não pagam imposto devido, a quem ela também pertence, ao povo, como aliás já é praticamente em tudo.


E, tal como a água arde através das lágrimas quentes dentro dos tubos, o Estado fica a arder com os impostos devidos na compra dos tubos de plástico, tal como nos  trabalhos pagos, quando executados.



Socorro

 Por entre escombros e ruínas, sucumbe o tempo do grafitti...daqui de Lisboa um grito de revolta, porque perto, os caminhos dos lobos....

E perto, os caminhos das águas

E perto, as lembranças minhas, de uma serra a gritar, "SOCORRO, salvem-me das mãos criminosas do elemento humano, que insiste em secar as nascentes de água".

À natureza, o que é da natureza.

À montanha, o que é da montanha.

Aos lobos, o direito de matarem a sede.

Às pessoas o direito a terem água para regarem as TERRAS.

À aldeia, Moção, em Castro Daire, o direito de poder sobreviver, ainda que esquecida por quase todos.


Resposta ao tamanho da obscuridade de um tribunal, em Moção

 Ponto 4 - Resposta ao tamanho da  obscuridade de um  tribunal,  em Moção


"Deixe correr as águas das nascentes, que dão beber as pessoas que tem sede dela em casa, porque o tempo de acarretar água das fontes em cântaros já não ofusca a realidade das pessoas de bom senso. 

Anónimo, Castro Daire vs Moção


- A sede e a fome deste tribunal, onde borbulha  agora uma nova inquisição, formada em gestão e administração por supostos novos donos da aldeia, tal como das águas que são de todos, é um monstro guiado por fantasmas do passado. Este tribunal, criado para me desmoralizar, assim como à minha família e às pessoas que represento, e representei em reunião, é agora uma nova ordem anti-democrática nas ruínas xistosas de Moção, aldeia  em Castro Daire, situada nas encostas da serra do Montemuro, que foi onde nasci e cresci, ao contrário deste pseudo advogado de defesa de uma família, ou quiçá "moção" em peso. 

Será? Não creio! Há por lá gente boa.


Como ia dizendo, Moção, aldeia que me viu nascer e onde cresci, entre a escola, brincadeiras e muitas tarefas, que eram muitas vezes nos caminhos das águas, e também nos  caminhos dos lobos, 

E, assim sendo, tenho mais direito do que este ascendente a doutor advogado, escritor ou quiçá, poeta, que pelas suas publicações, se nota que está a ser pago, sem se saber muito bem se é em dinheiro, géneros, ou como de há muito, em cabritinhos. Nesta época festiva dão muito jeito. Nota-se total desconhecimento do que fala. Precisa estudar de novo, o processo, e talvez uma visita guiada por alguém que lhe mostre tudo, in Loco. 

- Então mas este senhor ou senhora, representante do novo tribunal, Moção, não sabe que todas as casas tem água canalizada em casa, desde o tempo da construção da escola? 

- Também não deve saber que essa água, era de regar terras próprias, cujos proprietários abdicaram dela, em prol desses dois motivos? Escola e casas

- Não sabe também que uma dessas famílias, foi a minha?

Terá desconhecimento, de que para não se imporem contra quem provoca a diminuição  do caudal das levadas, por serem família, utilizam a água canalizada das casas, para regar os quintais, daí a escassez da mesma, principalmente no verão? O cúmulo da tristeza!


Que tribunal é este, tão longe da verdadeira liberdade e razão, assim como da honestidade e da verdade, que vai sendo grotesco até no modo como se afirma nos motivos, segundo  os quais foi criado por militantes de uma família que sempre se considerou a gema, a elite de Moção..... coitados...que elite desprovida de eficácia e naturalidade, educação, valores, à excepção de pobre estatuto, ainda colado ao poderio de algumas divisas, ostentado com vaidade, impondo assim aos demais, o  seu autoritarismo.


O maior motivo da minha revolta, é saber que este Tribunal cresce por entre ruínas de xisto, porém, crescer no tamanho, todos crescemos, crescer realmente, é algo que não conhecem, porque este tribunal, só conhece o tamanho da obscuridade.


Dolores Marques, natural de Moção


A paragem cardíaca da palavra liberdade

 Ponto 3. Resposta a uma paragem cardíaca da palavra liberdade.


"Deixe-se de embuste de “Justiceira”, porque o povo da Aldeia não lhe dá esse titulo nem razão a causa que “defende” e ofende os seus legítimos proprietários." (Anónimo de Castro Daire vs Moção)


Embuste é este ascendente a dono de causas de outros, que para advogado de defesa de outrém (uma família), terá ainda que voltar atrás, estudar bem o processo em causa, que muito bem referido por alguém, terão que ouvir todas as pessoas que estiveram envolvidas neste trabalho de virarem as águas - os mais velhos. 

Informo este pseudo doutor, ascendente a escritor,  poeta, pelos vistos, de que o direito que eu tenho para me envolver neste assunto, é o que por direito me assiste, por ser uma das lesadas, e por recusar o "quero, posso e mando" de um poder retrógrado a roçar o feudalismo moderno, decorado  por uns pares de divisas ainda a reluzir, fazendo realçar o mofo, e esterco de um baú, onde nem os ratos de esgoto se alimentam.


Depois, o direito que me é devido, recebido sob o novo conceito de liberdade e democracia, segundo o qual, penso, ainda nos diferenciar do jugo da  ditadura, muito embora, este e outros textos de ataque, provem o retrocesso ou a paragem cardíaca da palavra liberdade.


Dolores Marques, natural de Moção


 Ponto 2. Resposta ao poderio nas ruínas de um tribunal decadente em Moção


"Não faça despertar mais em si a ira das suas lembranças descontentes. Contenha os seus genes de malvadez e controle a fonte de enveja e egoísmo que expele constantemente nas suas publicações online"

(Anónimo, Castro Daire vs Moção)


Triste, este grito por SOCORRO, proveniente do esbracejar das garras, que são um triste apoio do corpo, quando se sente enfrentado por mulheres como eu, que continua a dizer as verdades, como por exemplo:

- estarmos em pleno século XXI, e a prepotência, a arrogância,  a discriminação face à mulher,  principalmente idosa, (minha mãe), sendo a que detém toda a informação sobre as partilhas de águas, é colocada à margem, sem direito  a substituir o meu pai, quando da sua morte, na referida comissão.

- alertar, também, o presidente da Comissão de Compartes, sobre qual o seu problema existencial, pois tem a aldeia quase toda na comissão, excepto, Mulheres. 


Este apedrejamento aos lobos, neste caso lobas, é nada mais do que um fraco argumento muito antigo,  do medo. E o descontentamento de que fala o texto, atribui-se ao próprio facto de até agora nunca ninguém ter enfrentado, este poderio, dando o corpo às balas como eu. Isto é o quero, posso e mando, e anda tudo a reboque de um poderio militar, num labirinto de pedras de xisto,  ruínas de um tribunal decadente, a ruir de vez. Moção já foi poderio, agora é um ajuntamento de ideias mortas e ultrapassadas. Aqui, ainda não aconteceu o 25 Abril de 74. A liberdade ainda não passou por aqui.


Este medo resulta de alguma consciência, face àquilo que sabem ser verdade todas as acusações de quem não recebe a água pelo rego das levadas como sempre foi, e por fim denunciados, por um grupo de pessoas que se sentem lesadas, porque sabem de partilhas antigas, usos e costumes, quando durante muitas gerações se subia a serra dia 24 de junho para tomarem posse das águas que deviam encher o rego das levadas, até finais de Setembro.

 Dolores Marques, natural de Moção


https://fb.watch/a0TzPunMbE/ 


"A liberdade não passou por aqui"

O direito a matar a sede está a ser vedado aos animais, aos terrenos, bem como às pessoas, pois nascentes de água sufocadas irão impossibilitar outras de continuar, e, o ciclo da água interrompido será o mesmo que nos taparem a boca, impedindo-nos de respirar. Sucumbiriamos, portanto.

Na Serra do Montemuro, mais precisamente em Moção, aldeia onde nasci e cresci, livre pelos campos, tal como o elemento água que reclama agora pelo direito de o voltar a ser. A liberdade ainda não passou por aqui.

Este resto de água, ainda corre pelos regos antigos por onde se encaminha para regar os terrenos. Porém, pela serra acima, as nascentes de água sobrevivem sufocadas em tubos de plástico, cuja boca da fonte, tapada,  impede as suas correntes da sua abundância até ao rego das levadas. 

Daí que nada poderá sobreviver no futuro próximo, nem nascentes de água, nem fontes, nem os animais, bem como os terrenos, as pessoas, até aquelas  que se apoderaram de água do regadio que deve ser de todos, durante o verão. Os regos deixarão de receber este bem precioso e essencial para todos.


Preconceito e discriminação contra a Mulher

 Ponto 1.Preconceito e discriminação; as bases da violência contra a mulher ....

As minhas respostas a  quem de direito, quem leu, respondeu ao troglodita, machista, que me  endereçou duras e despropositadas  palavras-chave no Facebook, quer em comentários públicos na minha página, quer numa página criada para o efeito, revelando e uma nova inquisição formada nas ruínas do tribunal de Moção.


"RESPOSTA A "JUSTICEIRA DO MOÇÃO" 

"Ninguém tem culpa dos traumas e frustrações da vida da senhora, sabemos que não foram poucas quer a nível pessoal e familiar, com alguns casos bem marcadas e lembradas, tristemente, na Aldeia".

 Anónimo de Castro Daire vs Moção


 Ora aqui está um pocesso antigo, resultado de um poder patriarcal, cujo machismo ainda a querer sobreviver, por entre histórias de mulher submissa, (cães de trela, as suas), talvez o seu papel, seja e tão só, abrir as pernas, e sem direito a orgasmos, se limitar a encher um depósito de esperma, que nem esse, servirá nunca, para aumentar a taxa de natalidade em Portugal.

Ora vejamos se o palavreado, aqui presente, será ainda reflexo do preconceito e discriminação contra a Mulher, anulando-a na sua tentativa de seguir o caminho da liberdade, e de conseguir por direito de igualdade, cujo 25 de Abri de 74  foi um marco também importante em Portugal, desafiando a sua coragem a conquistar um lugar no mundo, enfrentando os Trogloditas, desprezíveis, neste lugar de nascimento, onde foi autorizado a sua gestação no ventre de uma mulher.

Ora vejamos, o que escreveu sobre mim, este ser desprezível, fascista, nojento;

 "traumas, frustrações, da vida da senhora a nível pessoal e  familiar com alguns casos bem marcados e lembrados tristemente na aldeia..."

Primeiro ponto, e seguindo um caminho pleno de sombras, onde este ser asqueroso vive, que é o submundo do vampirismo, terei ficado tão traumatizada ao ponto de conseguir viver a minha vida, sozinha, após um divórcio e uma separação, com duas filhas, que por acaso não são do mesmo pai? 

Será a isto, que este ser hediondo e macabro se refere? Este machista, preconceituoso, quiçá, homofóbico, racista, e outros adjetivos atribuídos a esta criatura a copular com uma nova inquisição no tribunal em ruínas de Moção.


Terei ficado tão traumatizada, por ter visto a morte por duas vezes à minha frente, resultado da violência doméstica, o que me levou a mudar de vida? Será a isto também que este ser grotesco e animalesco se refere?

Ou será algo mais sinistro que podia muito bem acontecer, por entre escombros de uma casa velha, ou num labirinto de tojos e sargaços, o desfloramento, cuja violência levada ao extremo terá dado lugar a algum tipo de violação, comparada ao desfloramento das nascentes de água?

 Terá acontecido esta cena macabra, e, resultado de mais um trauma, não lembro? E para completar esta cena macabra, terá sido este ser asqueroso e nojento o agressor e eu também não lembro?

É esta minha impressora ocular muito versátil, quando me proponho a imprimir palavras.

Quanto aos traumas familiares, informo este louco e desenfreado parâmetro de maldade, de que, na minha cama, só tive um de cada vez, nunca copulei com animais da sua estirpe, e mesmo os que muito perto estiveram, não aceitei nunca ser depósito de nutrientes nefastos na minha vagina.

Também, nunca foi uma  prática, o acasalamento no meu seio familiar,  só mesmo se chegavam as vacas aos bois, e os bodes velhos, tinham, às vezes, permissão para assistir.


Dolores Marques, natural de Moção


https://www.facebook.com/102250745585610/posts/102283182249033/

Nascentes de água de regadio

 A Serra do Montemuro....um sonho aniquilado desde a fonte.

A água desviada das nascentes, precisa correr livremente pelos regos.

Libertem as nascentes do aquário.

O tempo, sendo galopante reduz os riscos de um apego doentio, àquilo que nao nos pertence. 

Há 10 anos era o tempo de algumas correntes, manipuladoras, no seu percurso pouco fiável, mas, ainda assim, só livres dentro de um aquário....

Hoje, o tempo é o de previsíveis loucuras, sendo a liberdade, não uma alucinação, mas uma visão clara de Horus.

E não, não me queiram amarrar a correntes demolidoras do pensamento, tão-pouco calar, cegar, anular. O tempo, sendo galopante, também deixa marcas profundas, difíceis por vezes, de ver, aos que vivem sob o efeito contrário dos ponteiros do relógio. Marcados estamos todos, e o juiz nem será o de aqui, e nunca será o registo da patente humana reconhecido pelo lado inverso à pele, 

E, sendo imprevisível, livre serei para denunciar actos ilícitos, contra pessoas e bens, a natureza no seu curso normal e naturalmente original, já escrito percurso de Vida por um Deus que aqui nos deixa viver livremente, responsáveis pelos nossos actos, cometidos contra outrém, e a própria sombra.


DM (Dakini)


Desafiam-se os limites, propagando-se a desordem através  de uma ordem anti-natura, a contrariar a ordem natural da vida e da natureza.
Por enquanto, ainda somos nós, amanhã serão outros, e será essa a minha fé nas novas gerações, onde os Baptismos se farão antes mesmo de pisarem este chão....

 

Nascentes de agua desviadas das nascentes

 E




Eu dou a cara, não me escondo atrás de um monitor para ofender e maltratar alguém, como o estão a fazer um grupo de pessoas, em relação á minha pessoa, cuja família se uniu para defesa do que não pode ser defendido.

E repito, a água das levadas está a diminuir, por conta de uns quantos tubos nas nascentes que  a trazem por montes, vales, caminhos e estradoes públicos e até de terrenos particulares. 

E repito, as nascentes de água que devem encher as levadas, duas nascem tem terrenos particulares, como  é o caso de uma em nossa propriedade, e de outra ali perto, e depois temos as nascentes baldias. 

Anuladas assim, partilhas antigas e usos e costumes, valendo-se de apoio nulo, pois se até a mim me tem custado entender tudo, muito menos quem é mais novo e nunca lá virou águas. Esquecem é que não são únicos, e há ainda quem se lembre, para dizer como eram as coisas.

Há quem tenha  água encanada das nascentes das levadas para dar e vender. Onde já se viu uma única família serem agora os novos donos de água de regadio que deve ser de todos?

Privam o povo de água que sempre correu pelas levadas, e a natureza perde na sua causa, que também é ter água corrente pelo solo de modo a aumentar o caudal de outras, que começam agora a secar .

Depois, e para cúmulo, e proteção de família, fazem uso indevido da água canalizada em casa, não respeitando quem  dela abdicou para a escola e o povo,  como o caso de duas famílias, e uma era a minha. Pois, porque essa água, é agora utilizada para outros fins, porque não chegando à aldeia a água das levadas.....

Aguas das levadas, Serra do Montemuro


Rego das levadas numa aldeia que visitei na serra do Montemuro. Esta água vai, ainda, alimentar os moinhos, entretanto reconstruídos.

Em Moção, aldeia igualmente situada nas encostas da serra do Montemuro, querem encanar a água das levadas, ou o que resta dela. Concluíram, que só assim, a água chegará à aldeia. Seguidamente, irá ser utilizada por todos....para regarem as terras, ou quiçá para outros usos, criando assim novos usos e costumes....

Isto, porque a questão aqui é:

" justiça por onde andas com a água das nascentes"?

Justiça, seria possível, caso as pessoas com  água encanada das nascentes baldias e particulares, que devem água ao rego, por partilhas centenárias, ficassem de fora desta partilha? Não?

Pois, será óbvio que também não.

Isto é o novo tribunal, cuja inquisição faz furor por terras de Moção. Moção foi uma aldeia com alguma importância. Recebeu foral.

Parece que querem voltar ao tempo dos forais Manuelinos.

 

contra factos não ha argumentos


 Contra factos não há argumentos

Este ribeiro, cuja água também vem da origem, lá nas nascentes que enchem as levadas,  ainda corre. Aqui, muitas terras precisaram e algumas ainda precisam desta água, no entanto, chegou-se à conclusão, há já bastantes anos, de que, pelos  sucessivos abusos de a usarem indevidamente, foi necessário fazer partilhas judiciais, cujos donos das terras, eram de duas aldeias vizinhas. Moção e Desfeita.

Ninguém se entendia face à confusão instalada.

 Neste momento, os moradores em Moção, são poucos, e, sendo família, vão recebendo água por especial favor dos novos donos, agora encanada lá das nascentes, facto que está a contribuir para secar o rego centenário das levadas.

No futuro se verá como se comportam, pessoas, e a própria natureza, face a estes actos ilícitos, que vão contra o seu curso normal e natural. Neste momento, existem nascentes de água perto da aldeia de Moção, que, não sendo alimentadas pelas principais, estão a secar. 

Mas, mais vale ser cego, e matar a sede, ainda que seja só por um curto período de tempo de vida. 

Isto é o ser humano no seu trajeto pela Terra.

Somos nós, depois nós, e depois nós, e nunca os outros.

A mim, enquanto cidadã, enquanto pessoa ligada às minhas origens, mais do que certos pseudos-pensantes que julgam saber de usos e costumes, segundo os interesses instalados de alguns, não me calam. Farei sempre o meu dever, alertar para algo que está a afectar, pessoas e bens e a própria natureza.

Podem mandar abaixo o que escrevo, os meus livros, que não é isso que me vai demover. Antes dos livros, está o pensamento.

Sempre  soube, e isto é nítido para todos os meus conterrâneos, quer da minha aldeia, quer de Castro Daire, que nunca foram bem recebidos, portanto isso é um facto, e contra factos não há argumentos.

Depois, eu sei o de que quero dizer, e a quem....

Às Pessoas....




 Não tenho pretensões de nada, a não ser, ser Eu, como sempre fui, escrevendo o que para mim significa ser maior do que eu.

Nada se perderá no meio dos tojos, ainda que todos pensem ter as condições ideais para tomarem posse do que pertence à natureza, ao Supremo.

A água sendo um bem essencial, em qualquer ambiente de montanha, é para servir a todos, terras, pessoas, enfim todos os seres vivos. O verde que irrompe, tem todos os direitos à sobrevivência.

O planeta respira a ordem natural dos elementos. Nós, talvez o quinto elemento, representamos  a raça humana, porém de humanidade temos ainda em falta, um anexo....

Dm


 Existem novas alternativas que nos levem ao estado de êxtase, com sentimentos de gratidão pelas coisas, que não as sobejamente conhecidas.

Foi alterada a rota do caminho do sucesso em direcção à bem-aventurança. O início do caminho da mudança, através das palavras escritas com as pontas dos dedos, no lugar, onde somos poeira levada pelo vento.

DM. Onix

segunda-feira, 10 de maio de 2021

Vírus









Desde logo desenvolvi uma teoria abstracta, tal como o é este tempo confinado entre pensamentos betuminosos.
Como em tudo na vida, tudo o que acontece, é o que tem que ser. Acasos?
Talvez o acaso sirva o tempo da mudança.
Talvez o vírus, ou os vírus precisem de mais  tempo para nos activar a memória, e ali nos encontrarmos. Pois os confinamentos deveriam existir dentro de paredes forradas com espelhos.
Desde logo percebi que este vírus seria mais um ensaio. Desta vez não é um "ensaio sobre a cegueira", mas não deixa de ser um ensaio.
Desde logo percebi que este vírus tem a sua personalidade.
Desde logo percebi que este vírus tem um comportamento extravagante. 
Desde logo se soube que o vírus pode ter efeitos diversos, mediante o extracto social.
Comportamentos estranhos geram vírus estranhos.
Como sempre disse, o maior vírus está dentro do confinamento.
Por saber de tantos vírus com medo da morte, tenho agora algum receio dos seus conhecimentos do que se passa no mundo espiritual que julgam conhecer.
Tudo acontece porque tem de ser....

Dolores Marques




 

NA CASA DE CIMA



Dakini, (pseudónimo de Dolores Marques), na sua inspiração poética, sempre fiel ao seu lugar de nascimento.
Mais Serra do Montemuro, mais Terra, mais Pessoas, mais vincado o Feminino Montemurano....
"A minha aldeia é Moção, mas vejo todas elas com os mesmos olhos"




 

Corpos



comunicando
seremos todos um 
na emancipação 
do tempo
no emaranhado
dos dias
na invisibilidade
das noites
na inconstante 
previsão do momento
em que um corpo
se levanta
mas há uma calamidade
no mundo
esvaindo-se
na passagem
enquanto não cai
mal dos que se erguem
e não têm tempo
nem espaço
onde enterrar
os mortos
e
sacudir os vivos

(Dakini, pseudonimo)