segunda-feira, 28 de abril de 2014

Ecos


Permanece ainda
na quietude do adeus

A capa gélida que o cobre 
também já se calou 
faz tempo

Já não se ouve o tinir do vento
em murmúrios pálidos 
às pedras, aos matagais, aos milheirais

Tudo surge de um “nada”

Mas agora 
nada é indiferente a um “adeus”
quando as palavras inertes
tombam e rebolam pela terra arada

Dolores Marques (Dakini)