Permanece ainda
na quietude do adeus
A capa gélida que o cobre
também já se calou
faz tempo
Já não se ouve o tinir do vento
em murmúrios pálidos
às pedras, aos matagais, aos milheirais
Tudo surge de um “nada”
Mas agora
nada é indiferente a um “adeus”
quando as palavras inertes
tombam e rebolam pela terra arada
Dolores Marques (Dakini)
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