Não há como ficar indiferente à vivacidade de um olhar novo, numa nova era - a era dourada onde todos somos crianças.
O olhar que vê, sente e diz claramente com objectividade o lado harmonioso das coisas, mesmo que a subjectividade o queira levar para outros lugares onde a realeza acontece.
Ali existe a real verdade onde a poesia fala e respira a ordem natural de todas as coisas sublimes, de tudo o que é simples e belo, tal como o é, o olhar de uma criança quando ela própria nos diz:
- Desafio-te a me dizeres onde guardaste as palavras todas. Estão nesse baú de memórias que me descreveste num fim de tarde, quando me dizias que eram palavras, só palavras vazias de sentido?
- Desafio-te neste instante em que se quebram todas e se fazem em pedaços neste chão. Sabes de que é feito o seu corpo? De cristais e mais cristais coloridos onde se escondem os olhos todos.
- Desafio-te a contares-mas como contavas as pedrinhas coloridas do rio na concha da tua mão. Era um rio livre e sereno esse que te enchia os olhos de luzes e cores. Lembras?
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