quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Mãos

Quando todos abrirmos os olhos para o que está em cima e não nos perdermos, nem tão pouco nos abandonarmos em labirintos cujas entradas e saídas ainda suportam os brasões de um feudalismo arcaico, mas tão presente nos nossos gestos, contribuindo para um beija-mão mais que ultrapassado, aí seremos um povo com alma e não venderemos a alma ao desbarato a todos os que comem sentados e sem afrouxar o nó da gravata.

Se pensarmos até nos tempos modernos que lhes oferecem (às mãos) um novo poder já inscrito nos seus traços simétricos, até os lábios param de sentir tremeliques por causa da imobilidade dos corpos.

Dakini, pseudónimo de Dolores Marques

Eu também sou este povo a querer muito a liberdade do Ser.

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