Nada cala os ecos nem as correntes dissidentes que descem do alto. Alguns abatem-se sobre as águas, outros escondem-se nos silvados que fazem ninhos nos caminhos. Existem até alguns, que se prestam a ser algo mais do que simples ecos a escorregar pelas encostas.
Sabem todos como se governar quando a noite chega e afunda a aldeia na densa neblina. Todos repousam as mãos no colo antes de dormir e fazem as contas de cabeça, para não pensarem muito enquanto dormem.
E o terço rola e rodopia agora sozinho, porque nem o novo cruzeiro dos tempos modernos lhes faz frente, quando desce pelas encostas esse movimento branco, mas sufocante onde se desenrolam novas histórias, que têm como cenário um denso nevoeiro.
Dolores Marques
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