Contra factos não há argumentos
Este ribeiro, cuja água também vem da origem, lá nas nascentes que enchem as levadas, ainda corre. Aqui, muitas terras precisaram e algumas ainda precisam desta água, no entanto, chegou-se à conclusão, há já bastantes anos, de que, pelos sucessivos abusos de a usarem indevidamente, foi necessário fazer partilhas judiciais, cujos donos das terras, eram de duas aldeias vizinhas. Moção e Desfeita.
Ninguém se entendia face à confusão instalada.
Neste momento, os moradores em Moção, são poucos, e, sendo família, vão recebendo água por especial favor dos novos donos, agora encanada lá das nascentes, facto que está a contribuir para secar o rego centenário das levadas.
No futuro se verá como se comportam, pessoas, e a própria natureza, face a estes actos ilícitos, que vão contra o seu curso normal e natural. Neste momento, existem nascentes de água perto da aldeia de Moção, que, não sendo alimentadas pelas principais, estão a secar.
Mas, mais vale ser cego, e matar a sede, ainda que seja só por um curto período de tempo de vida.
Isto é o ser humano no seu trajeto pela Terra.
Somos nós, depois nós, e depois nós, e nunca os outros.
A mim, enquanto cidadã, enquanto pessoa ligada às minhas origens, mais do que certos pseudos-pensantes que julgam saber de usos e costumes, segundo os interesses instalados de alguns, não me calam. Farei sempre o meu dever, alertar para algo que está a afectar, pessoas e bens e a própria natureza.
Podem mandar abaixo o que escrevo, os meus livros, que não é isso que me vai demover. Antes dos livros, está o pensamento.
Sempre soube, e isto é nítido para todos os meus conterrâneos, quer da minha aldeia, quer de Castro Daire, que nunca foram bem recebidos, portanto isso é um facto, e contra factos não há argumentos.
Depois, eu sei o de que quero dizer, e a quem....
Às Pessoas....
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