segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

Memória

 Preciso encontrar no meio da folhagem, o verde da minha memória, sem a vil lembrança de um furacão.

Preciso resgatar memórias, limpar o sangue que corre ainda da Virgindade


das estações.

Preciso esquecer os morcegos, que sobrevoavam os meus sonhos.

Preciso, e quero ainda, sentir o cheiro do crepitar da lenha na lareira.

Quero acreditar que somos todos melhores pessoas, e que as missas na capela, terão água Benta suficiente para limpar das mãos, o semen  do pecado ainda colado às mãos.

Quero sentir o peso da noção, ser oriundo de Moção.

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