Fui contando os miseráveis passos que alguém deu, atentando contra a natureza, molestando o ambiente de Montanha, desde Moção, aldeia onde nasci e cresci, passando por perto das levadas, subindo até às nascentes de água baldias em Cal de Espinho, sendo elas, Romana, Cuverno, Superao...etc, assim como nascentes em terrenos privados, as Lamas, e Fonte da Poupa, depois Ribeirada, e que por partilhas antigas, usos e costumes, enchiam as levadas no período de 24 de junho a 29 de Setembro.
Agora tudo é anarquia, nada se respeita e os tubos de água serra acima, convidam a uma refrescante perda de memória dos tempos, (em alguns casos) onde a água corria livremente por aquele longo percurso, quase até à Póvoa.
Agora as nascentes sufocadas, gritam quando borbulham, num choro ardente dentro dos tubos.
Enquanto isso, pessoas há, que esperam e desesperam, mas vêem água em abundância levada por fora do rego mestre das levadas.
Isto é prova cabal de um procedimento cirúrgico nas contas da água, que por fora não pagam imposto devido, a quem ela também pertence, ao povo, como aliás já é praticamente em tudo.
E, tal como a água arde através das lágrimas quentes dentro dos tubos, o Estado fica a arder com os impostos devidos na compra dos tubos de plástico, tal como nos trabalhos pagos, quando executados.
Onix
Sem comentários:
Enviar um comentário