terça-feira, 6 de abril de 2010

Verde Água


Este local situado no centro da aldeia e que serve de passagem a quem chega de fora, passando pelo cruzeiro que deu nome ao local de "Cruz".
Esta água é muito apreciada, pela sua temperatura que se apresenta sempre igual, quer de Inverno, quer de Verão. Fresca o quanto baste e muito saborosa.


A este local o povo designou de "Fonte".

Aqui se lava ainda a roupa e se enche o vasilhame deste puro líquido que faz as delícias de quem passa e e de quem fica, para uns dias de descanso.

Antigamente enchiam-se os canecos de madeira que eram transportados pelas mulheres à cabeça, assentes numa rodilha feita de tecido.
Eu própria tinha a meu cargo esta tarefa. Tentar segurar o caneco na cabeça sem mãos que o segurassem era tarefa de mulher grande, e eu lá ia consdeguindo, avançar na medida que eu sabia e podia.

Crescer é um desafio quando se é pequeno e logo após, novos desafios são lançados para nosso desenvolvimento enquanto pessoas, num mundo que cresce a um ritmo alucinante.

Deste lado o tanque para lavar a roupa, e do outro, um mais pequeno, que serve para os animais beberem.

A água que escorre; quer provocadas pelas chuvas, quer pelo acto de regar, faz crescer estas ervas que dão um colorido interessante às paredes



A água da fonte não se desperdiça. Cai neste poça, onde se vai armazenando para regar.
No fundo da poça (nome dado a estes espaços escavados para o efeito), crescem ervas que vão balaçando conforme a movimentação da água e deixam este reflexo esverdeado na água.


Da serra do Montemuro chegam até nós estas nascentes de água, que de Inverno vão escorrendo pelo barrocos, até chegarem ao rio Paiva. Os designados barrocos, são caminhos antigos que eram utilizados pelas pessoas, servindo de acesso aos terrenos, mas que até hoje se foram cobrindo de mato e de pedras.

Este é um dos vestigios do abandono que se verifica nestes locais, cada vez mais áridos e pedegrosos

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