segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Escrevo assim nos ventos, a brisa

Escrevo assim nos ventos, a brisa

Escrevo versos com tinta plástica
nos altares que de pedra erguidos
acolhem a velha ordem eclesiástica
e ignoram o Verbo em versos perdidos

Escrevo assim nos ventos, a brisa 
com alma por dentro e lágrimas por fora
não consinto é que a Mona Lisa 
seja um poema ou um verso que chora

Afirmo ao povo... àquele povo que consente 
nestas letras, o verso, o poema ou a prosa
que quem escreve nem sempre mente

Há quem diga que o poeta até pressente
o povo ausente nas rimas e nas metáforas 
e ainda assim chora alegremente

Dolores Marques

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