quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Vento Agreste

Hoje as gaivotas
Esqueceram-se que havia um rio
Para sobrevoar
E ficaram de longe a espreitar
Algumas lágrimas no mar

E eu por aqui…
Só vejo alguns peixes a chorar…
Poderia mostra-lhes um rio
Transparente
Com aroma doce a jasmim
E que seu leito
É um mar sem fim…

Eu trago comigo um vento agreste
Foi o que as serranias fizeram de mim

E deixo um grito nas serras…
Um voo rasgado
De um falcão a planar
Fascínio do alto
Que meus pés vem beijar

Sou como a correnteza de um rio
Que não se esquece de abraçar
O perfume dos montes
E de alguns peixes que ficam
Como aquelas gaivotas no mar

Mª Dolores Marques
(Do meu livro "Olhares" editado pela Corpos Editora)

2 comentários:

Unknown disse...

O Vento por mais agreste que seja nunca deixa de ter beleza.
Adorei este espaço,
Doce bj de encanto,
Sandra,

João Videira Santos disse...

Fotos, palavras e poemas com perfume e cor...Afinal, a vida renasce em cada palavra que o sentimento dita...