segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Isto é assim desde que o mundo é mundo"

 "Isto é assim desde que o mundo é mundo"

Fui contando os miseráveis passos que alguém deu, atentando contra a natureza, molestando o ambiente de Montanha, desde Moção, aldeia onde nasci e cresci, passando por perto das levadas, subindo até às nascentes de água baldias e particulares em Cal de Espinho, Ribeirada, Lamas e Fonte da Poupa  e que por partilhas antigas, usos e costumes, enchiam as levadas no período de 24 de junho a 29 de Setembro.

Agora tudo é anarquia, nada se respeita e os tubos de água serra acima, convidam a uma refrescante perda de memória dos tempos, (em alguns casos) onde a água corria livremente por aquele longo percurso, quase até à Póvoa.

Agora as nascentes sufocadas, gritam quando borbulham, num choro ardente dentro dos tubos. 



Enquanto isso, pessoas há, que esperam e desesperam, mas vêem água em abundância levada por fora do rego mestre das levadas.

Isto é prova cabal de um procedimento cirúrgico nas contas da água, que por fora não pagam imposto devido, a quem ela também pertence, ao povo, como aliás já é praticamente em tudo.


E, tal como a água arde através das lágrimas quentes dentro dos tubos, o Estado fica a arder com os impostos devidos na compra dos tubos de plástico, tal como nos  trabalhos pagos, quando executados.



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