terça-feira, 21 de dezembro de 2021

O medo em acção, nas ruínas de um tribunal de Moção



 Nota-se total alheamento do processo em causa, com resquícios de malvadez, resultado de um desconhecimento da referida  causa, o deste senhor ou senhora, que sem pingo de  decência e educação, se presta a este papel, com absoluta falta de noção, apesar do anonimato, segundo o qual, vomita histórias e estórias a realçar um tribunal decadente e sujo.

A verdade acima de tudo. 
O que acontece aqui, é que os encanamentos das águas das nascentes, sendo quase todas nascentes em terrenos particulares, algumas há, que não entraram no sistema de partilhas. Por conseguinte, foi uma pequena nascente encanada pelos  meus pais, após vários anos de espera pela água das levadas. Então esta família, que se incomoda tanto com uma pequena nascente, que nunca foi do povo, e que só regava a nossa propriedade, lá no local, devia então colocar os olhos nas terras, que na aldeia estão sem água, enquanto os tanques deles,  colocados em espaços públicos, os quais usam e abusam dos mesmos, sem dar contas disso a ninguém.

O medo é gigantesco. Nota-se em  cada espaço em branco das palavras que refletem um anonimato, revestido de covardia, que prevêem um desfecho não muito interessante, até porque pecam pela falta de inteligência, quando vão buscar argumentos encanados na garganta de alguém, que não o próprio representante do novo tribunal.

Ora vejamos se refresco a memória aos ainda vivos, que subiam a serra a 24 de Junho para encaminharem as águas das nascentes, até às levadas, e que até 29 de Setembro ninguém lhe podia mexer. Às novas gerações, sugiro que se abstenham, pois nunca viraram águas, nunca taparam nem abriram boeiros de poças, ou então, tentem conhecer a verdadeira realidade, para poderem chegar ao topo da montanha. E, sobretudo, não esqueçam que existem mais pessoas que não eles e a sua família. Há mais para lá do seu ângulo de visão.
- Aqui deste lado, sou alguém com direito a saber porque se está a alterar o curso normal das águas, e porque se está a anular partilhas centenárias, assim como usos e costumes.
- Aqui deste lado, sou eu, e mais um grupo de pessoas interessadas em repor a situação. Embora em Lisboa há muitos anos, não esquecem os passos que deram, serra acima.
- Aqui deste lado, estão pessoas, que irão fazer tremer esse tribunal, a renascer por entre ruínas onde os novos pseudo-poderosos, irão assistir à queda dos muros. Cuidado, esse tribunal já não tem tinta para imprimir novas leis, porque de novas têm pouco.....estão sim, obsoletas.

Mas, regressando à sobrevivência das ideias regadas com verdade, vos digo e repito o que já disse, mais do que uma vez. 

1. Eu serei a primeira a retirar o cano colocado numa nascente, essa sim nossa, quando essa família com o poder acima dos olhos, tirar os deles. Até porque não fui que no tomei esta decisão, mas reconheço, que é triste a longa espera por água das levadas, agora com novos rumos. Ou eles podem ter água para dar e vender, e nós não temos direito a regar as nossas Terras, ainda por cima com água nossa, vendo-nos obrigados a uma despesa elevada para o efeito?

2. Esqueceu-se esta ave de rapina, que a honestidade é algo que vem de berço, e de honesto este preconceituoso, tem pouco, que não aceita quem decide usar da liberdade de expressão, para escrever e dizer sobre esta anarquia, ser a lei da selva . Dizer a este tribunal, que se esquecem de uma nascente, designada de "fonte fria", que nasce numa nossa propriedade, e que segundo partilhas antigas, está a ir pelo percurso normal, até às levadas.
Eles deviam fazer o mesmo, que isto não é o quero, posso e mando, com a nascente deles.

3.  A água do furo no meu quintal, também feito pelos meus pais, deveu-se a não haver água suficiente canalizada para todos, principalmente no verão. Ao que parece a saga continua, porque a falta da água das levadas, leva as pessoas a usarem a água de consumo doméstico para rega dos quintais.

4. Ridículo este poderio a nascer de novo, porque se limitam a apagar o passado, quando para fornecimento de água à escola, foi a minha família uma das que abdicou de água que servia para regar terras,  na época, suas. Decidiram depois canalizar a mesma água para as casas, água essa que nós não consumimos, por termos o dito furo no quintal. Mas, quem sabe, regressarei ao passado, e irei então, também eu, consumir essa água que a ver pelo sentido de justiça  desta gente, me é também devida. Ou também não?
Depois, faltará a alguém para regar videiras, e as laranjeiras dos quintais.

Este pseudo ascendente a poeta, escritor, advogado de causas de outrém, mal estudadas, e quiçá mal pagas, a ver pela falta de elementos válidos para um bom argumento, que veste a capa da covardia, pouco credível.

O medo em acção.

Eu sou Dolores Marques, natural de Moção, 
e tu quem és?

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